Resenha – A Linguagem das Flores

quarta-feira, 14 de março de 2018
Título: A linguagem das flores
 Autora: Vanessa Diffenbaugh
Número de páginas: 294
Editora: Arqueiro



Por: Brenda Sousa

“- Você acha mesmo que é o único ser humano que tem defeitos imperdoáveis? Que foi magoado a ponto de entrar em colapso?”
A linguagem das flores, Vanessa Diffenbaugh

Victoria Jones foi abandonada por sua família ainda quando muito pequena. Desde então, passou por diversos lares adotivos, sempre sendo devolvida a abrigos por seu comportamento inadequado, seja propositalmente ou mesmo sem que soubesse o que havia feito. Meredith, sua tutora na busca por uma nova família, passou anos de sua vida se dedicando a conseguir que Victoria se encaixasse bem em um lar e tivesse um bom futuro. Ao encontrar Elizabeth, Meredith achou que talvez pudesse dar certo, e o mesmo pensamento se concretizou para Victoria.

O prazo para a oficialização da adoção era de 1 ano. Os primeiros meses foram difíceis. Victoria, que estava acostumada a ser abandonada, acreditava que não havia o que pudesse fazer para evitar isto, então manteve seu comportamento inadequado, sem se abrir, sem aceitar as investidas carinhosas de Elizabeth. Porém, ao descobrir que sua nova mãe trabalhava com flores de uma forma diferente, as coisas começaram a mudar, ainda que bem devagar. Elizabeth lhe ensinou a linguagem das flores, muito utilizada na era vitoriana por amantes e casais apaixonados. Cada flor tem um significado, algumas até mais que um. E foi a partir desse singelo contato que Victoria começou a se permitir um contato mais próximo com Elizabeth. 


No entanto, como já era esperado para a sua vida, no momento da adoção, algo acontece e impede que Elizabeth oficialize tudo. Victoria, mais uma vez, voltaria para a tutela do estado. Agora com 11 anos, sabia que se tornava cada vez mais difícil que fosse adotada. Acreditava que ninguém era capaz de amá-la, assim como ela não seria capaz de nutrir amor por qualquer outro ser humano. Chegou aos 18 anos, foi colocada para fora do abrigo e obrigada a se virar sozinha no mundo cruel o qual nunca conheceu muito bem. Traços do seu passado inesquecível a perseguiriam para sempre, e mal sabia ela que a linguagem das flores seria a salvação para que tivesse um futuro melhor.
 
Dentre todos os livros que tenho lido recentemente, este foi o que teve a história mais diferente. Dei 4 estrelas porque, apesar de tratar do tema do abandono e adoção de forma diferente, não há nada de tão extraordinário na história. Porém, finalizei esta leitura completamente encantada pela delicadeza da história, pelos detalhes muito bem trabalhados, pela intensidade com a qual a linguagem das flores me atingiu. Fiquei emocionada com o caminhar da história, com as lutas e vitórias de Victoria Jones, com os desafios e todo o seu sofrimento. A linguagem das flores, que é verdadeira e de fato era usada na época vitoriana, é magnífica e encheu meus olhos de mais amor por esses pequenos presentes que a natureza nos dá diariamente.


Se Eu indico essa leitura exatamente por isso. A forma como toca o leitor bem no fundo do peito, com delicadeza e suavidade. Não é nada extraordinário, de fato, porém é uma leitura gostosa, que nos permite refletir sobre diversos assuntos, e nos encanta conforme descobrimos novos detalhes relacionados à linguagem das flores. No final do livro a autora deixou um dicionário da linguagem das flores, explicando o significado de cada uma, de acordo com o que é trazido pela personagem durante todo o livro. Achei esse mais um ponto positivo. Senti que tenho, além de uma bonita história de superação, um dicionário de flores para o meu próprio uso. E já tenho várias ideias com ela. No final das contas, foi uma leitura que mudou minha forma de enxergar algumas coisas. Fica a dica!





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