Resenha – A morte no Nilo

sexta-feira, 30 de março de 2018

Título: A morte no Nilo
Autora: Agatha Christie
Número de páginas: 235
Editora: Nova Fronteira



Por: Brenda Sousa

“- [...] Parto do princípio de que é melhor não confiar em ninguém.”
– A morte no Nilo, Agatha Christie

Hércule Poirot estava em mais uma de suas tentativas de tirar férias e esquecer dos inúmeros casos de assassinato que já desvendou até então. Mas o perigo de ser tão bom detetive, quem sabe o melhor do mundo, é que os crimes jamais te deixam viver em paz. Em viagem ao Egito, com o único intuito de descansar e espairecer, Poirot se vê cercado de pessoas sedentas por vingança, lhe pedindo ajuda e declarando que corriam risco de morrer a qualquer momento, de forma brutal e insensível. Porém, o detetive só entra em cena quando o caso já aconteceu. Isso não o impede de estar sempre de olhos bem abertos e atento a cada passo, conversa e acontecimento ao seu redor.

Dentro de um navio no rio Nilo, Poirot tem como companhias pessoas ambiciosas, dentre ricos e humildes, aparentemente em uma viagem inocente e sem relações entre eles. No entanto, sua experiência e os boatos que ouve onde quer que vá já deixam bem claro que não é bem assim. Linnet Ridgeway é uma bela e riquíssima jovem, herdeira de uma herança muito significativa, prestes a completar seus 21 anos e finalmente tornar-se maior de idade. Está sempre cercada de pessoas que desejam seu dinheiro e sua beleza. Linnet está prestes a se casar com um rapaz de família rica e futuro próspero, quando, certo dia, uma de suas amigas, Jacqueline de Bellefort, diz querer lhe apresentar seu noivo, Simon Boyle. A partir daí as coisas começam a desandar. Linnet se apaixona por Simon e, dona de uma beleza irresistível, o tira de sua amiga. Jacqueline é tomada por uma raiva profunda e, quando o casal casa e entra em lua de mel, ela decide segui-los para cada lugar do mundo em que eles vão, culminando em uma viagem de navio pelo rio Nilo. Diversas outras peças de um quebra cabeça complexo começam a aparecer no mesmo navio, até o assassinato da nossa personagem principal. E agora Poirot mais uma vez perde a chance de curtir férias tranquilas e passa a investigar esta tão intrigante morte no Nilo...



Aqui em casa tem um quilômetro de livros de Agatha Christie e eu sempre vivia prometendo ler vários deles algum dia. Depois de assistir o filme “Expresso para o Oriente” (e errar DRASTICAMENTE o assassino, sob pena de ser julgada e zoada pelo meu melhor amigo até hoje), e descobrir que a próxima adaptação da autora será “A morte no Nilo”, decidi ler o livro para não dar a ele esse gostinho de me fazer passar vergonha com minhas capacidades investigativas novamente. Hahahaha’

Aí vem a surpresa de que... EU ADIVINHEI O(S) CULPADO(S)!!!!! Fiquei eufórica com isso sim, me aceitem. São muitas opções e minha cabecinha foi até o final com o mesmo palpite. Me senti feliz e tratei de mandar uma mensagem para meu amigo. Hahaha’ Em geral, a narrativa da autora é muito rápida e o personagem Hércule Poirot é extremamente divertido e intrigante, com seu jeito convencido e calmo de ser. Os capítulos passam rápido e a leitura vai te prendendo cada vez mais, te fazendo ficar sedento por respostas, especialmente quando o coronel Race, companheiro de Poirot nesta investigação, tenta todas as alternativas e não consegue tirar suas próprias conclusões.

Em geral é uma história um tanto quanto parecida com “Expresso para o Oriente”, inclusive a autora até cita uma parte desta história. No entanto isso não faz com que o livro perca seu encanto e seu poder de cativar o leitor a cada parágrafo lido. Eu super indico esta história para quem curte bons livros de investigação policial, sem enrolação e com acontecimentos guiados de forma muito bem articulada desde o primeiro capítulo até o último.









Resenha – O livro dos ressignificados

domingo, 18 de março de 2018

Título: O livro dos ressignificados
Autor: João Doederlein (@akapoeta)
Número de páginas: 215
Editora: Paralela



Por: Brenda Sousa

“Ressignificar: é olhar de dentro para fora. É encontrar novidade no que a gente vê todo dia.”
O livro dos ressignificados - João Doederlein

Quando saímos de casa e olhamos ao nosso redor, enxergamos o mesmo que qualquer outra pessoa que passe pelo mesmo lugar naquele momento. Será mesmo? Será que os meus olhos enxergam tudo que os seus enxergam e da forma como os seus enxergam? Desde um pequeno copo plástico largado no asfalto, até o sorriso de um desconhecido que nos encanta de imediato? João Doederlein nos mostra que não é bem assim. Com pequenos poemas, textos, e ressignificações das mais profundas, ele consegue nos mostrar que uma palavra pode ser lida de diferentes formas.


O livro é dividido em algumas partes, e o autor consegue ressignificar desde palavras como indiferença, felicidade, serendipidade e ritmo, até palavras super modernas como crush, match e bad. Em cada página é possível sentir lá no fundo do peito o que ele quer dizer. Sua forma singela de nos reexplicar o mundo é cativante e me fez dar pequenos sorrisos em dias de tensão, me fez levantar os olhos para o céu e enxergar o azul de forma diferente, olhar para um desconhecido e buscar sua história pelo seu olhar. “O livro dos ressignificados” me trouxe calma e paz interior de um jeito que nem eu mesma consigo entender muito bem.

Engraçado que eu estava passando na livraria para comprar um presente e, na mesma bancada do livro que peguei, estava este exemplar, discreto, porém bem trabalhado, com um preço ótimo. Quando abri, li a primeira “ressignificação” feita pelo autor e me encantei no ato. Não podia deixar de comprar. Acreditei que aquele livro estava ali por um propósito e ele realmente estava. É um livro capaz de nos acompanhar em dias tensos e complicados como se estivesse de mãos dadas conosco, guiando nossos passos e tirando a ansiedade, nervoso e preocupações da nossa mente com apenas algumas palavras. Eu indico para quem gosta de leituras tocantes. Li em apenas 2 dias (isso porque tive que parar por alguns compromissos), devorando cada página como se não houvesse amanhã. E o que o livro me ensinou? Que há amanhã sim, e que ele está lá para ser muito bem vivido.










Resenha – A Linguagem das Flores

quarta-feira, 14 de março de 2018
Título: A linguagem das flores
 Autora: Vanessa Diffenbaugh
Número de páginas: 294
Editora: Arqueiro



Por: Brenda Sousa

“- Você acha mesmo que é o único ser humano que tem defeitos imperdoáveis? Que foi magoado a ponto de entrar em colapso?”
A linguagem das flores, Vanessa Diffenbaugh

Victoria Jones foi abandonada por sua família ainda quando muito pequena. Desde então, passou por diversos lares adotivos, sempre sendo devolvida a abrigos por seu comportamento inadequado, seja propositalmente ou mesmo sem que soubesse o que havia feito. Meredith, sua tutora na busca por uma nova família, passou anos de sua vida se dedicando a conseguir que Victoria se encaixasse bem em um lar e tivesse um bom futuro. Ao encontrar Elizabeth, Meredith achou que talvez pudesse dar certo, e o mesmo pensamento se concretizou para Victoria.

O prazo para a oficialização da adoção era de 1 ano. Os primeiros meses foram difíceis. Victoria, que estava acostumada a ser abandonada, acreditava que não havia o que pudesse fazer para evitar isto, então manteve seu comportamento inadequado, sem se abrir, sem aceitar as investidas carinhosas de Elizabeth. Porém, ao descobrir que sua nova mãe trabalhava com flores de uma forma diferente, as coisas começaram a mudar, ainda que bem devagar. Elizabeth lhe ensinou a linguagem das flores, muito utilizada na era vitoriana por amantes e casais apaixonados. Cada flor tem um significado, algumas até mais que um. E foi a partir desse singelo contato que Victoria começou a se permitir um contato mais próximo com Elizabeth. 


No entanto, como já era esperado para a sua vida, no momento da adoção, algo acontece e impede que Elizabeth oficialize tudo. Victoria, mais uma vez, voltaria para a tutela do estado. Agora com 11 anos, sabia que se tornava cada vez mais difícil que fosse adotada. Acreditava que ninguém era capaz de amá-la, assim como ela não seria capaz de nutrir amor por qualquer outro ser humano. Chegou aos 18 anos, foi colocada para fora do abrigo e obrigada a se virar sozinha no mundo cruel o qual nunca conheceu muito bem. Traços do seu passado inesquecível a perseguiriam para sempre, e mal sabia ela que a linguagem das flores seria a salvação para que tivesse um futuro melhor.
 
Dentre todos os livros que tenho lido recentemente, este foi o que teve a história mais diferente. Dei 4 estrelas porque, apesar de tratar do tema do abandono e adoção de forma diferente, não há nada de tão extraordinário na história. Porém, finalizei esta leitura completamente encantada pela delicadeza da história, pelos detalhes muito bem trabalhados, pela intensidade com a qual a linguagem das flores me atingiu. Fiquei emocionada com o caminhar da história, com as lutas e vitórias de Victoria Jones, com os desafios e todo o seu sofrimento. A linguagem das flores, que é verdadeira e de fato era usada na época vitoriana, é magnífica e encheu meus olhos de mais amor por esses pequenos presentes que a natureza nos dá diariamente.


Se Eu indico essa leitura exatamente por isso. A forma como toca o leitor bem no fundo do peito, com delicadeza e suavidade. Não é nada extraordinário, de fato, porém é uma leitura gostosa, que nos permite refletir sobre diversos assuntos, e nos encanta conforme descobrimos novos detalhes relacionados à linguagem das flores. No final do livro a autora deixou um dicionário da linguagem das flores, explicando o significado de cada uma, de acordo com o que é trazido pela personagem durante todo o livro. Achei esse mais um ponto positivo. Senti que tenho, além de uma bonita história de superação, um dicionário de flores para o meu próprio uso. E já tenho várias ideias com ela. No final das contas, foi uma leitura que mudou minha forma de enxergar algumas coisas. Fica a dica!










Resenha – Par perfeito Episódio 2

quinta-feira, 8 de março de 2018
Título: Par perfeito – Episódio 2
Autora: A. C. Meyer
Número de páginas:  132



Por: Brenda Sousa
“- Quem pode dizer quando o amor vai chegar?”
Par perfeito, episódio 2 – A. C. Meyer

O reality show que vai salvar a carreira do famoso ator Jonas Lopes e de seus colegas de trabalho Bruno e Melissa está a todo vapor. As 5 concorrentes foram escolhidas e já estão na mansão onde todos os eventos acontecem e são transmitidos no canal Tv Show diariamente. Jonas já está em ação, juntamente com toda uma equipe preparada para guiar e manter a audiências nas alturas.

5 mulheres jovens, muito diferentes umas das outras estão disputando um lugar no coração do príncipe das novelas (ou não). Miss, atriz, mulher fruta, musa fitness ou empresária. Quem será que vai conquistar o coração do galã mulherengo mais desejado do momento? Surpresas sempre podem acontecer, mesmo que um reality seja controlado e editado para garantir a audiência. Até que ponto Jonas Lopes conseguirá deixar seu lado ator seguir adiante com o “Par Perfeito”? Será mesmo que a favorita do público vai até o final? Afinal, não dá para dizer quando o amor vai chegar e por quem alguém vai se apaixonar... Ou dá?



JONAS LOPES ESTÁ DE VOLTA PESSOAL! O Episódio 2 da série ‘Par Perfeito’ chegou com tudo, para arrasar corações e nos fazer suspirar. Como se já não bastasse o príncipe das novelas arrebatar corações por onde passa, tem mais gente suspirando pelos cantos nessa história! As 5 garotas escolhidas são bem diferentes e a mistura trazida neste episódio é tão gostosa, senão melhor, do que no episódio anterior. A sensação que temos é que somos, de fato, telespectadorxs diante da TV, ansiosas por cada acontecimento, cada babado, gritaria e confusão registrados pelas câmeras, e cada passo e atitude de Jonas diante das 5 candidatas a arrebatar seu coração.

A leitura deste espisódio da série foi tão rápida quanto do anterior. Os fatos fluem naturalmente, sem forçar a barra e sem segurar demais o andamento da história. Tudo parece acontecer de maneira muito natural e a leitura se torna empolgante do começo ao fim. Os personagens que estão nos bastidores do reality são tão cativantes quanto estes, e suas próprias histórias tomam conta da gente, nos fazendo torcer por cada um. E, NÃO SATISFEITA, dona A. C. Meyer brinca com nosso coraçãozinho até as últimas páginas, deixando a emoção de um verdadeiro reality show quando uma bomba estoura nos sites de fofoca e só vamos saber o que realmente aconteceu semanas ou meses depois. Para que deixar os leitores calminhos, né? Hahahaha’

A verdade é que sempre se sentiu sobrecarregado pelo fato de as pessoas terem tantas expectativas a seu respeito.” 
Par perfeito, episódio 2 – A. C. Meyer

Eu super indico a leitura da série Par Perfeito para quem busca de divertir (dei muitas risadas nesse episódio) e acompanhar uma história rápida e cativante. Aproveitem e comprem o episódio 1 também, para quem ainda não leu. Não percam tempo! É só acessar um dos links abaixo e comprar! Os preços são bem baratinhos. :D 





 
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