Resenha – Os anjos do tempo

domingo, 31 de julho de 2016
Título: Clockwork angels – Os anjos do tempo
Autor: Kevin J. Anderson
Número de páginas: 295
Editora: Belas Letras



Por: Brenda Sousa

“Algumas pessoas querem riquezas fantásticas, alguma querem muito poder, e outras (como eu) queriam viver aventuras e conhecer as maravilhas do universo.”
– Os anjos do tempo, Kevin J. Anderson

Owen Hardy ainda não era considerado um adulto quando vivia em Barrel Arbor, até os 16 anos de idade. Levava uma vida simples, como ajudante do pomar com seu pai, namorando com Lavínia, com quem deveria se casar em breve. Sua mãe desapareceu a alguns anos e seu pai pode jurar que ela está morta, mas Owen acredita que ela fugiu para descobrir os segredos do universo, era isso que diziam os diários dela: a sua grande vontade de se aventurar.

Seu vilarejos e os outros mais próximos, assim como a capital Crown City, é controlada pelo Relojoeiro, o responsável pela estabilidade, por regular o tempo, por saber tudo que o universo quer que aconteça para cada pessoa em cada lugar, pois “tudo tem seu tempo, tudo tem seu lugar”. Segundo ele, os tempos antes da estabilidade eram tempos macabros, de guerras, lutas que acabam em muitas mortes, de fome, tristeza e sofrimento, e agora, graças a ele, as coisas são diferentes. E todos acreditam nisso, inclusive Owen. Mas, de forma alguma, isso é capaz de tirar da sua cabeça a curiosidade para conhecer Crown City, os grandes autômatos dos anjos do tempo, e se aventurar mundo afora, muito além de Barrel Arbor. 

Certa noite, perto de completar seus 17 anos e se tornar oficialmente adulto, Owen decide que precisa quebrar um pouco as regras e envolve Lavínia nisso. Marca com ela para que à meia noite daquele dia eles se encontrem no morro para ver as locomotivas passarem, embaixo da lua. Ele estava ansioso pela sua aparição quando o momento finalmente chegou. Mas Lavínia não apareceu. A locomotiva chegou e com ela um rapaz chamou Owen, lhe perguntou o que faltava na sua vida e o que ele queria dali em diante. Sua resposta fez o rapaz puxá-lo para dentro, afastando-o da sua vida pacata, da garota que ele achava ser o amor de sua vida e de seu solitário pai. Owen estava à caminho de começar suas aventuras pelo mundo, sozinho, sem saber ao certo o que fazer e sem nenhum dinheiro no bolso. Ele estava prestes a descobrir os perigos e as maravilhas de se tornar adulto e a conhecer um mundo de oportunidades e novos aprendizados.


Eu me interessei pela leitura tanto pela capa quanto pela sinopse que me pareceu diferente do que temos costume de ver por aí. “Owenhardy” de Barrel Arbor, como ele se apresenta e é chamado por todos os personagens, é um garoto cheio de esperanças, de vontade de viver. Ele é inspirado em muitos aspectos. O livro é rico em personagens com as mais variadas personalidades possíveis, desde artistas de circo, até anarquistas e naufragadores, é cheio de experiências de tirar o fôlego e de nos fazer sonhar juntamente com Owen. A história não é feita só de momentos bons, mas pelo contrário, de grandes aprendizados e sofrimentos para o garoto. O que eu ache interessante foi acompanhar o crescimento não físico do garoto, mas como um rapaz, se tornando um homem, com suas paixões, medos e, acima de tudo, coragem de seguir a vida apesar de todos os obstáculos.

A história é rica em bastantes aspectos, porém eu achei ela muito parada. Acho que muita coisa aconteceu devagar demais, as narrativas são longas e os capítulos às vezes se tornam mais cansativos do que, na minha opinião, poderiam ser. Demorei bastante de ler justamente por essa falta de dinâmica. Não digo nem de ação, pois acho que livros sem ação podem ser sim muito bons, mas pela “vagareza” dos acontecimentos e pela forma como foram retratados pelo autor. Para quem gosta de viagens, aventuras e descobertas, fica a indicação da leitura. É um livro para ser lido com calma e paciência, talvez até alternando com uma outra leitura mais leve. 






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10 comentários:

  1. Olá!!
    Detesto ler livros que são assim! Enquanto lia a resenha, realmente parecia um livro que tinha várias coisas acontecendo, mas não importa, se a narração não acompanhar o passo, o livro vai ficar se prolongando demais, dando a impressão que você já está há horas lendo o mesmo acontecimento.
    Já disse que sou apaixonada nas suas fotos, né?

    Beijão
    Leitora Cretina

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    1. É. Eu me senti mais ou menos assim. Tinha muito potencial, acho que poderia ter sido bem melhor.
      Ohhhh, obrigada, flor! E eu adoro as suas também. *___*

      Beeeeijos

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  2. Oi Brenda,
    Adorei conhecer o livro. E a história parece ser rica em detalhes, mas fiquei com receio da leitura. Já que você disse que o desenvolvimento da leitura é meio parado.

    Mas mesmo assim adorei o livro e também gostei de conhecer o autor, e aliais as suas fotos são Lindas ❤

    Beijoss, Enjoy Books

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    1. Fico feliz que tenha gostado de conhecer. É meio parado mesmo, mas tem coisas interessantes para se pensar também. :D

      Obrigada, flor! *___*
      Beijos <3

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  3. Oi, Brenda!
    Eu até queria ler o livro, mas depois que você disse que a história era meio parada, desisti. De parada, já me basta a minha vida hahhahah
    Beijos
    Balaio de Babados

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  4. Fiquei super curiosa, me lembrou o doador de memórias. Autores de livros assim, pecam pela lerdeza. Bjos!

    Blog Literário 2

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    1. haha São livros que tem potencial, né? Acho que é por prolongar mais do que deviam que as coisas ficam meio assim...

      Beijos!

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  5. Já tinha ouvido falar desse livro e com a sua resenha fiquei mais curiosa ainda para ler, e concordo com a Lua acima sua fotos são muito lindas ♥
    lravilla.blogspot.com

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