Resenha - Cidades de papel

terça-feira, 3 de março de 2015
Titulo: Cidades de papel
Autor (a): John Green
Número de páginas: 366
Editora: Intrínscea


"Quanto mais eu trabalho, mais percebo que os seres humanos carecem de uns bons espelhos." 
Cidades de papel, John Green


Por: Brenda Sousa


Margo Roth Spigelman e Quentin são vizinhos desde criança e costumavam brincar bastante juntos quando pequenos, e desde então o garoto nutre uma paixão platônica por ela. Com o passar dos anos, cada um foi assumindo sua personalidade e se aproximando de novos amigos, o que acabou os afastando um pouco. Certa noite, Margo bate na janela de Quentin e diz que precisa dele e do carro de sua mãe para uma "aventura" durante a madrugada. Quentin fica desconfiado, afinal fazia muito tempo que eles não tinham essa intimidade, porém sempre soube do espírito aventureiro de Margo. Finalmente convencido pela garota, eles partem para uma madrugada agitada e com muita adrenalina. 

Eles estão no último ano do ensino médio, a algumas semanas da formatura. Margo sempre fora a garota que chamou a atenção de todo o colégio, quem sempre esteve em destaque, seja por sua personalidade, seja por suas histórias. A madrugada com Quentin era apenas mais um de seus planos e uma tentativa de mostrar a ele que há muito a se aproveitar na vida além de ser "sempre certinho". De fato, Quentin e Margo divertem-se bastante, e no fim da noite, ao retornarem para a casa dele com o carro, ela diz que vai sentir falta dele, o que deixa o garoto com uma pulga atrás da orelha. Ela não precisaria sentir falta dele, uma vez que eram vizinhos. Porém, todo esse enigma se explica (e se complica ainda mais) quando, no dia seguinte, Margo desaparece de casa e da cidade (o que não é a primeira vez). Depois de alguns dias, todos estão preocupados, seus pais chamam um policial, porém a conclusão do caso é: Margo é maior de idade e portanto não pode ser dada como uma criança desaparecida. Resta esperar.

Em todas as vezes que sumiu, Margo deixou pequenas pistas de seu paradeiro, porém nunca foram percebidas com sucesso. Sabendo disso, Quentin resolve que vai buscar todas as pistas possíveis e vai encontrá-la. Pouco a pouco percebe que as diversas pistas deixadas por ela foram direcionadas para ele e se convence de que deve sim procurá-la, independente de quantos dias passem. É nessa busca pela resolução do mistério que Quentin entrará de cabeça na maior aventura da sua vida: encontrar Margo Roth Spigelman. 

Este foi o quarto livro de John Green que eu li e estou quase convicta de uma coisa: os seus livros trazem uma responsabilidade maior de passar mensagens importantes do que de criar desfechos magníficos para as histórias. Acredito que é trazer um pouco de realidade para as histórias que ele nos conta, pois, afinal, nem sempre nos deparamos com desfechos magníficos para as nossas histórias, certo? Li "O teorema Katherine" e "Quem é você, Alasca?" e fiquem um tanto decepcionada. Gostei dos livros, sim, mas acho que criei muita expectativa. Já em "Cidade de papel", busquei me livrar de todos os conceitos formados com base nos outros livros, e me entregar à uma nova história. E foi assim que entendi que as grandes mensagens passadas por ele são muito mais importantes o que as palavras que estão escritas em si. 

Me empolguei com a busca por Margo e me vi ao mesmo tempo revoltada e compreensiva com as atitudes de cada um dos personagens. Num universo super normal de pessoas extremamente diferentes umas das outras, Quentin, Margo, Lacey, Ben, Radar e companhia trazem algumas lições disfarçadas em suas palavras e em seus atos, e é preciso atentar para o que se passa por trás de cada capítulo da história. 

E então, "Cidade de papel" entra para o meu ranking "John Green" na seguinte colocação: 

1. A culpa é das estrelas.
2. Cidades de papel.
3. Quem é você, Alasca?
4. O Teorema Katherine. 

E vocês, leitores de John Green, o que acharam de cada livro? Qual o preferido até então e quais já leram? Conte para nós!
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